segunda-feira, 26 de julho de 2010
quinta-feira, 25 de março de 2010
O Cordeiro de Deus
A Bíblia proclama ser a Palavra do único Deus verdadeiro. Somando-se às provas históricas, arqueológicas e científicas, há muitas provas nela mesma. Não existem tais evidências para outros “escritos sagrados”. A Bíblia foi escrita durante 1600 anos por quarenta profetas, a maior parte dos quais vivia em culturas diversas e em diferentes tempos da História. No entanto, nunca se contradizem, mas se complementam.
Quanto ao Corão, os islamitas têm de aceitar a palavra de Maomé, da mesma maneira que o Livro de Mórmon se apóia somente na palavra de Joseph Smith. Enquanto isso, cada profeta bíblico é confirmado por 39 outros profetas, e todos condenam as “escrituras” de outras religiões!
Seria difícil para um autor isolado evitar contradições ao lidar com um período da História tão longo e detalhado, envolvendo tantos indivíduos e nações, e cobrindo tal variedade de assuntos como a Bíblia faz. Quanto mais isso é verdade para quarenta profetas diferentes escrevendo a uma só voz, durante um período de muitos séculos! Portanto, só há uma explicação: inspiração divina.
Centenas de profecias declaradas séculos e até mesmo milhares de anos antes do seu cumprimento são a prova irrefutável que Deus oferece de Sua existência, e essas profecias identificam, sem deixar nenhuma dúvida, a Sua Palavra para a humanidade – uma prova que é absolutamente única da Bíblia. Ao mesmo tempo que confirmam que a Bíblia é a Palavra de Deus, as profecias bíblicas desenvolvem temas que são como fios de ouro tecidos através de todo o panorama bíblico.
Nas Nações Unidas e na liderança de muitas “religiões” ouve-se o insistente clamor por uma religião mundial. Na foto: grupo inter-religioso - ortodoxo russo, católico, copta, e budista no Cairo. |
Um dos maiores temas é a Redenção: o único meio pelo qual um Deus santo pode perdoar de forma justa à Sua criatura, o homem, e reconciliá-lo consigo mesmo. A Bíblia denuncia todas as religiões deste mundo como inspiradas pelo “deus deste mundo” (Satanás) (1 Co 10.20; 2 Co 4.4). Todas elas ensinam que seu deus ou deuses podem ser satisfeitos por obras ou rituais religiosos. A Bíblia é única em declarar claramente que a salvação “é dom de Deus [um dom não pode ser merecido ou ganho com esforços]... “não por obras de justiça praticadas por nós mas segundo a Sua misericórdia Ele nos salvou” (Ef 2.8; Tt 3.5).
A Palavra de Deus não nos dá espaço para acomodação, diálogo ou compromisso. A verdade não concede nada ao erro e não tem nada a discutir com a mentira. No entanto, por vários anos a Igreja Católica Romana tem “dialogado” com hindus, budistas e islamitas, religiões que se opõem categoricamente à Bíblia (uma conferência católico-budista num monastério no Kentucky/EUA alegou ter achado paralelos entre o sofrimento de Cristo na cruz, as “Quatro Verdades Nobres de Buda” e a meditação budista (Los Angeles Times, 27 de julho de 1996). Como é possível existir tal confusão? A resposta é porque o catolicismo, como todas a religiões não-cristãs, desenvolveu há séculos atrás um sistema “cristão” de obras e sacramentos para a salvação. E por muitos anos, batistas e evangélicos (cujos antepassados saíram do catolicismo durante a Reforma) têm dialogado com a Igreja Católica Romana. Enquanto isso, nas Nações Unidas e na liderança de muitas “religiões” ouve-se o insistente clamor por uma religião mundial.
O cristianismo bíblico encontra-se sozinho na oposição ao ecumenismo que, finalmente, todas as religiões irão abraçar sob o Anticristo. O Evangelho está separado de todas as religiões pela declaração aberta de todos os profetas bíblicos de que, para que Deus perdoe pecados e reconcilie a humanidade consigo mesmo, a penalidade do pecado deve ser paga em sua totalidade. Essa penalidade é a morte (separação eterna de Deus, o doador e sustentador da vida) e foi pronunciada sobre toda a raça humana: “A alma que pecar, essa morrerá... porque o salário do pecado é a morte...” (Ez 18.20; Rm 6.23). Essa penalidade não pode ser colocada de lado nem pelo próprio Deus, que deu Sua palavra eterna. Mas Deus enviou o Seu Filho, que se tornou homem através do nascimento virginal, para sofrer em nosso lugar o castigo que Ele pronunciou sobre a humanidade.
A oferta do filho Isaque pelo pai Abraão num altar só tem significado no contexto da narrativa bíblica do Pai (Deus) oferecendo a Cristo (Filho) na cruz pelos pecados da humanidade. |
O fato de que o pagamento pelo pecado só pode ser feito por uma vítima sem pecado é parte integral do tema da Redenção através de toda a Bíblia. Está claro que nenhum pecador pode pagar pelos seus próprios pecados: “O sacrifício dos perversos já é abominação” (Pv 21.27). A salvação só pode vir da graça de Deus em aplicar a morte de Cristo como pagamento pelos pecados da humanidade, àqueles que aceitam a salvação nos termos de Deus. Isso é visto nos sacrifícios de animais que os judeus tinham que oferecer. O fato de que esses sacrifícios tinham que ser repetidos muitas e muitas vezes provam que eles eram somente antecipações temporárias de um sacrifício verdadeiro, o qual Deus iria providenciar: “Ora, visto que a lei... nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente eles oferecem. Doutra sorte, não teriam cessado de ser oferecidos...?” (Hb 10.1-2).
Além do mais, desde o ano 70 d.C. até agora os judeus não têm tido a possibilidade de oferecer os sacrifícios que foram estabelecidos pelas instruções específicas da Torá (os cinco livros de Moisés). Esse fato implica conseqüências seríssimas, especialmente desde que a destruição do templo e o fim dos sacrifícios não aconteceu por acaso, mas pelo julgamento de Deus sobre a rebelião de Israel, como Seus profetas predisseram: “Porque os filhos de Israel ficarão por muitos dias sem rei, sem príncipe, sem sacrifício...” (Os 3.4). Jesus declarou que o controle gentio sobre Jerusalém continuaria até o Armagedom: “...até que os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles” (Lc 21.24).Essa é uma profecia notável, ainda sendo cumprida.
Então, como podem os judeus (ou gentios) receber o perdão de Deus, sendo que os sacrifícios levíticos que Ele ordenou especificamente terminaram há quase 2000 anos, e ainda é impossível realizá-los hoje em dia? A resposta a essa questão é dada no tema que se estende por toda a Escritura.
O centro desse tema são as inúmeras referências a um cordeiro como sacrifício redentor pelo pecado. O primeiro sacrifício que Deus aceitou foi um cordeiro oferecido por Abel (Gn 4.2-4; Hb 11.4). Contudo, está claro desde o início que sacrifícios de animais eram somente uma figura de um sacrifício ainda por vir, o qual seria o único que realmente poderia fazer o pagamento completo pelos pecados, e isso por duas razões óbvias: (1) A vida animal nunca se igualou à vida humana. (2) Como já vimos, sacrifícios de animais tinham de ser repetidos provando que eles não podiam remover a culpa do pecado.
No entanto, as figuras proféticas do Velho Testamento apresentam pistas impressionantes. O oferecimento de Isaque por Abraão sobre um altar é um exemplo clássico. Os islamitas dizem que foi Ismael, não Isaque, o filho oferecido – uma óbvia mentira porque não combina com o Islã. Alá não é um pai, não tem filho; o Islã não tem sacrifício redentor e nega a morte de Cristo pelos pecados.
Isaías profetizou que o Messias seria o Cordeiro prometido, sacrificado pelos pecados do mundo: “o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos... como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca” (Is 53.6,7). |
Entretanto, a ordem de Deus a Abraão de oferecer seu “único filho, Isaque” (Gn 22.2) tem um significado profético inegável em relação ao sacrifício bíblico do “Filho unigênito de Deus” (Jo 3.16). A oferta do filho Isaque pelo pai Abraão num altar só tem significado no contexto da narrativa bíblica do Pai (Deus) oferecendo a Cristo na cruz pelos pecados da humanidade. Também não poderia ser uma coincidência que o exato lugar onde Deus pediu que Abraão oferecesse seu filho tornou-se o local do templo judeu e seus sacrifícios. O Islã tenta roubar também isso, dizendo que foi do lugar onde “Ismael foi oferecido como sacrifício” que Maomé subiu ao céu.
O mistério parece se aprofundar na enigmática resposta de Abraão, “Deus proverá para si o cordeiro” (Gn 22.8), à pergunta feita por Isaque: “Onde está o cordeiro para a oferta?” (Gn 22.7). Deus mesmo seria o cordeiro sacrificial para a redenção humana? Será que Cristo se referiu a essa afirmação quando declarou: “Abraão, vosso pai, alegrou-se por ver o meu dia, viu-o e regozijou-se” (Jo 8.56)? Isaías revelou que o Messias vindouro seria o filho de Deus: “um Filho se nos deu” (Is 9.6) e também que Ele seria YAHWEH, chamado o “Deus de Israel” 203 vezes na Bíblia: “seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade” (Is 9.6). Uma criança nascida de uma virgem seria o Filho de Deus e ao mesmo tempo seria Deus? Sim. Como Jesus declarou: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10.30).
Isaías também profetizou que o Messias seria o Cordeiro prometido, sacrificado pelos pecados do mundo: “o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos... como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca” (Is 53.6,7). Não é de se admirar que João Batista, quando “viu... a Jesus, que vinha para ele, ...disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (Jo 1.29,36). O intrincado relacionamento entre os escritos de tantos profetas é impressionante!
A figura profética mais completa do Cordeiro por vir se encontra na Páscoa. As detalhadas instruções já resolveram a controvérsia que é o “x” do problema no Oriente Médio, a respeito da terra que Deus prometeu a Abraão: “Dar-te-ei e à tua descendência... toda a terra de Canaã, [não existia um lugar chamado “Palestina”!] em possessão perpétua” (Gn 17.8).Ismael, porém, embora ilegítimo, era o primeiro filho de Abraão. Por isso os árabes clamam ser descendentes de Ismael, e dizem ser a “descendência” de Abraão a quem foi concedida a Terra Prometida. A Bíblia, ao contrário, diz claramente que os descendentes de Abraão através de Isaque e Jacó são a “descendência” e os verdadeiros herdeiros (Gn 17.19; 26.3,4; 28.13; 1 Cr 16.15-18, etc). De acordo com a Bíblia, o direito de posse que os árabes e muçulmanos dizem ter sobre essa terra tão disputada é uma fraude – no entanto, as Nações Unidas, a União Européia e os EUA, etc., aceitam-no como base para uma “paz” que desafia o Deus de Israel!
Os islâmicos dizem que a Bíblia foi mudada pelos judeus e cristãos. Isso não é verdade. O Deus da Bíblia define a descendência que herdará a terra tão claramente que qualquer “mudança” seria impossível: “...a tua posteridade [a qual herdará a terra] será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos... Na quarta geração, tornarão para aqui... (Gn 15.13-16).
A libertação de Israel aconteceu através do juízo de Deus na forma das dez pragas sobre o Egito. Na última foi requerido o sacrifício de um cordeiro por aqueles que quisessem escapar daquela terra amaldiçoada. |
Os judeus, não os árabes, foram escravos no Egito por quatrocentos anos, daí trazidos na quarta geração para a terra de Canaã. Os árabes não entraram na “Palestina” até a invasão brutal no século VII, depois que os judeus já haviam se estabelecido ali por mais de 2000 anos. Isso é História irrefutável, provada pela Páscoa. A libertação de Israel aconteceu através do juízo de Deus na forma das dez pragas sobre o Egito. Na última foi requerido o sacrifício de um cordeiro por aqueles que quisessem escapar daquela terra amaldiçoada. Esse evento deveria ser comemorado para sempre com a refeição da Páscoa, introduzida naquela noite histórica:“Este dia vos será por memorial... Quando vossos filhos vos perguntarem: Que rito é este? Respondereis: É o sacrifício da Páscoa ao Senhor... quando feriu os egípcios e livrou as nossas casas” (Êx 12.14,26- 27).
Quem guarda a Páscoa? Não são os árabes! Só os judeus a guardam pelo mundo todo até o presente. Quando um evento testemunhado por muitas pessoas é comemorado imediatamente, de um modo especial e guardado para sempre, temos aí a prova de que aconteceu como foi instituído. A Páscoa comemorada anualmente prova a escravidão de Israel no Egito e a sua libertação, como a Bíblia declara, e também que os judeus são os herdeiros de Abraão, com direito de posse sobre aquela terra, com uma escritura que Deus assinou há 4000 anos.
Não-judeus não tem direito nem propósito em guardar a Páscoa judaica. No entanto, tem se tornado popular que cristãos gentios celebram o sederjudeu. É verdade que o cordeiro pascal simboliza Cristo, o Cordeiro que Abraão disse a Isaque que Deus proveria – mas o mesmo acontece com cada oferta levítica. No entanto, os cristãos não as oferecem mais hoje em dia. Então, por que celebram a Páscoa? Ela comemora o livramento ancestral do Egito, do qual os gentios não têm parte.
Mas a “Última Ceia” não era a Páscoa, e Cristo não deu a ela um significado novo, dizendo que deveria ser celebrada continuamente até a Sua volta? Um significado novo? Impossível! A refeição da Páscoa, o cordeiro, tem um significado histórico envolvendo uma aliança eterna (Gn 17.7; 1 Cr 16.15-18, etc.) a respeito da Terra Prometida. Esse significado não pode ser mudado. Aos judeus (não aos gentios) é ordenado guardar a Páscoa para sempre (Êx 12.14). O próprio Cristo não poderia ter dado um “novo significado” para a Páscoa.
Além do mais, a Última Ceia não era a Páscoa. Ela ocorreu na noite “antes da Festa da Páscoa” (Jo 13.1) e sem um cordeiro. Na manhã seguinte os judeus ainda estavam se guardando purificados para que pudessem “comer a Páscoa” (Jo 18.28). Aquela tarde, quando Cristo estava sobre a cruz, era ainda a “parasceve pascal [preparação da Páscoa]” (Jo 19.14) – Os cordeiros ainda estavam sendo sacrificados para serem comidos na refeição da Páscoa naquela noite.
“Esta Páscoa” foi algo novo inaugurado por Cristo a ser comemorado com pão e vinho (em memória do Seu corpo partido e de Seu sangue derramado) por todos que crêem nEle (judeus e gentios). “Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha” (1 Co 11.26). |
Mas Jesus não disse: “Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes do meu sofrimento” (Lc 22.15)?Sim, mas “esta Páscoa” não é a mesma com o cordeiro assado guardada somente pelos judeus em memória da libertação do Egito. “Esta Páscoa” foi algo novo inaugurado por Cristo a ser comemorado com pão e vinho (em memória do Seu corpo partido e de Seu sangue derramado) por todos que crêem nEle (judeus e gentios). Por que, então, Jesus chamou essa nova instituição de Páscoa? Porque como Israel foi libertado do Egito pela morte de um cordeiro, assim ela comemora a libertação, dos que crêem, do pecado, do mundo pecaminoso e do julgamento por vir, através do verdadeiro “Cordeiro de Deus”: “Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha” (1 Co 11.26). Paulo disse: “Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado” (1 Co 5.7).
Se os sacrifícios de animais não poderiam pagar pelo pecado, qual era o seu propósito? Eles eram ilustrações físicas da verdade espiritual, além da nossa presente compreensão. Cristo continuamente usou ilustrações físicas para explicar verdades espirituais: (“beber a água que Eu lhe der... Eu sou a videira verdadeira... a porta... o pão da vida... a não ser que coma a minha carne e beba o meu sangue...” etc.). Nós fazemos o mesmo hoje. Por exemplo, cantamos hinos a respeito de sermos “lavados no sangue do Cordeiro”, mas não estamos falando literalmente.
Erros profundos ocorrem quando símbolos são tomados como substância, tais como a hóstia que é aceita como o verdadeiro corpo de Cristo. Seria como se precisássemos comer páginas da própria Bíblia de maneira que pudéssemos nos “alimentar da Palavra de Deus” (Dt 8.3; Jr 15.16; 1 Pe 5.2, etc.). O significado por trás do cordeiro do sacrifício vai muito além dos nossos mais altos pensamentos. Na visão de João foi dito a ele que “o Leão da tribo de Judá... prevaleceu para abrir o livro”. Virando-se para ver o “Leão” ele viu “um Cordeiro como tendo sido morto” (Ap 5.5-6). Como pode um leão poderoso aparecer como um cordeiro que acaba de ser morto? E de que maneira poderia Cristo ser visto como tal no céu? Da cidade celestial sabemos que “o Cordeiro é a sua lâmpada” (Ap 21.23). A Bíblia termina referindo-se ao trono eterno de Deus e do Cordeiro (Ap 22.1,3).
Somente podemos nos prostar maravilhados e gratos, regozijando-nos porque um dia iremos nos juntar aos redimidos em volta do trono, entoando o coro eterno: “Digno é o Cordeiro que foi morto” (Ap 5.12). Finalmente O veremos como Ele é (1 Jo 3.2) e compreenderemos totalmente, tendo sido transformados em Sua imagem por toda a eternidade!
Dave Hunt
Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, abril de 2007. TBC -http://www.chamada.com.br)
terça-feira, 16 de março de 2010
Avatar - o filme
“Pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!” (O apóstolo Paulo – Romanos 1.25).
O filme "Avatar" (Estados Unidos, 2009) quase confirmou sua fama de arrasa-quarteirão. Após abocanhar o troféu de melhor filme temático e melhor direção no Globo de Ouro, não conseguiu levar o Oscar de melhor filme e nem de melhor direção para James Cameron. "Guerra ao Terror" foi o grande vencedor. Porém, como consolo, "Avatar" ganhou três estatuetas, todas de categorias técnicas. Assisti-o com minha esposa e o premiaria também com a estatueta de "Oscar de melhor filme esotérico de 2009"'.
“Avatar” destaca-se do ponto de vista tecnológico e esotérico.
O enredo
Um bom roteirista pode criar um filme para passar a mensagem que desejar, de forma explícita ou sutil. Qualquer narrativa pode enaltecer o bem ou o mal, fazer-nos beber água limpa ou podre e nos emocionar ao ponto de rirmos ou chorarmos.
“Avatar” é uma ficção científica inundada com água dos esgotos espirituais.
Em um planeta chamado Pandora, a anos-luz da Terra, existe uma substância chamada unobtainium que é de grande valor para os humanos que viajaram até lá para conquistá-la. No entanto, os nativos de Pandora, chamados de Na’vis,* são um obstáculo nessa conquista, pois um grupo deles está assentado em uma área exatamente sobre a maior reserva deunobtainium do planeta.
O malvado coronel Miles Quaritch (interpretado por Stephen Lang) deseja usar a força e eliminar logo os Na’vis. Já a boa cientista, doutora Grace Augustine (interpretada por Sigourney Weaver), acredita na diplomacia e que os humanos e Na’vis venham a ser amigos.
Os humanos criam, então, avatares Na’vis que se infiltram entre os nativos com o objetivo de convencê-los a saírem daquele local. Esses avatares são basicamente humanos em corpos de Na’vis.
O principal avatar é Jake Sully (interpretado por Sam Worthington), que tem sucesso em se infiltrar, mas acaba sendo seduzido pela maneira de viver dos Na’vis,apaixona-se por uma Na’vi,vira a casaca e passa a lutar com os nativos contra os abomináveis humanos. Isso me fez lembrar um pouco da trama do “O Último Samurai”.
Os Na’vis amam a natureza, adoram a deusa Eywa (que é uma força espiritual que mantém o equilíbrio da natureza) e são conectados a ela através de uma espécie de sonda que sai da parte posterior de suas cabeças, como se fossem longas tranças dos seus cabelos.
A inevitável batalha final é ganha pelos Na’vis e, graças à deusa Eywa, Jake Sully tem um novo nascimento e passa a ser não mais um avatar-na’vi, mas um Na’vi de verdade.
A narrativa do filme foi de certa forma pobre em conteúdo para quase três horas de duração. O que salta aos olhos é o espetáculo de tecnologia e esoterismo.
A tecnologia de Avatar
O diretor James Cameron superou todas as expectativas, ao esperar mais de dez anos para produzir “Avatar”. Pois, quando idealizou essa película, ainda não existia tecnologia suficiente para produzi-la.
Cerca de 70% do filme foi gerado em computador, mas não parece. Criado especificamente para ser assistido em 3D, “Avatar” vem à tona com cores vivas e as imagens do planeta Pandora parecem ser bastante reais. Muitas das cenas onde os humanos interagem com as criaturas de Pandora foram gravadas em frente a uma tela verde, mas com tamanha precisão que confesso, com algumas exceções, não consegui distinguir visualmente o real do irreal.
A propósito, realidade neste filme é outra coisa. Se o leitor está procurando o mundo real, é melhor ler a Bíblia.
A doutrinação do filme Avatar
Se a película “Avatar” foi pobre em diálogos, o mesmo não pode ser dito sobre sua visão de mundo esotérica.
Neste artigo quero salientar apenas dois aspectos. Uma análise mais abrangente será feita no livro “Ah! Deliciosos Filmes Anticristãos – Volume 4”.
1) A popularização da palavra “avatar”
Para qualquer cristão que estuda esoterismo, sempre que se depara com a palavra “avatar”, uma luz vermelha se acende na mente.
A Bíblia nada fala sobre “avatar”, porém citações sobre avatares (ouavataras) aparecem na Bhagavad-Gita, que é o mais popular livro do hinduísmo. A Bhagavad-Gita esclarece: “Há várias espécies de avataras[...] mas o Senhor Krishna é o Senhor primordial, a fonte de todos osavataras”.
Originalmente, a palavra“avatar” vem do indiano antigo, chamado sânscrito, e no hinduísmo significa “o Deus que desceu do Céu para a Terra”: seria a “aparição” ou “manifestação” ou “encarnação” de um deus na Terra. Por exemplo, o deus hinduísta Vishnu diz ter inúmeros avatares.
A propósito, a cor azul clara dos Na’vis me lembrou de Krishna.
Um outro significado para a palavra “avatar” tornou-se popular com o advento de jogos na internet. Cada participante cria o seu próprio “avatar”,dotando-o das características que achar necessário. São corpos virtuais criados pelos jogadores. Além disso, a companhia Nintendo tem uma linha de videogames intitulada “Avatar”. O “Avatar” do diretor James Cameron cai nesta definição de uma criatura produzida para ser manuseada com fins específicos, como nos jogos dos internautas.
Os avatares de Cameron são entidades biológicas idênticas aos Na’vis,mas com algum DNA humano.
2) A popularização do monismo e do panteísmo
Numa cena de “Avatar” ficamos sabendo que o planeta Terra já foi tão verde quanto o planeta Pandora, mas que os humanos tinham devastado tudo.
A mensagem do filme resume-se à luta do povo bom e espiritual da floresta (osNa’vis) contra os terríveis e abomináveis humanos. A palavra Na’vi lembra foneticamente a palavra inglesa “naive” que quer dizer“ingênuo”. “Avatar” é a luta dos supostamente ingênuos contra os humanos perversos.
Ao término, ficamos satisfeitos com a morte do Coronel Quaritch e com a destruição do seu exército. Os humanos que sobreviveram foram enviados de volta ao já moribundo planeta Terra para lá morrerem. Torcemos contra os humanos. Que maravilha!
O tema do filme é claro: “Louve a natureza e seja um com ela!”. Este longa-metragem nos ensinou que os humanos já destruíram a natureza do planeta Terra e estão destruindo o meio-ambiente de outros planetas, perdendo a oportunidade de conhecerem a visão espiritual de serem um com todas as criaturas.
Aprendemos também neste filme que todas as coisas criadas têm um espírito e que todas as coisas vivas estão interconectadas entre si e com a “mãe deusa Eywa”. Isso me trouxe à memória o desenho animado“Pocahontas”.
Uma das fortes cenas onde essa mensagem é transmitida ocorre quando todos os Na’vis estão sentados no chão, conectados a ele com suas tranças-sondas, balançam, como uma dança, recitando um cântico que mais parece um mantra à deusa Eywa.
Imagine só? A cientista Grace Augustine chegou a descobrir que todas as árvores da floresta de Pandora têm conexões eletro-químicas entre elas e que juntas formam uma grande rede elétrica igual às sinapses do nosso cérebro. É uma pseudo-ciência tentando justificar de forma racional a doutrina esotérica do “monismo-panteístico”.
Monismo (do grego mono, “um”), é uma visão de mundo que assegura que toda a realidade, tanto a material quanto a espiritual, é concebida como um todo unificado. Em última análise, não existem distinções reais entre as coisas. Popularmente falando: “Tudo é um, um é tudo”.
Panteísmo (do grego pan, “tudo”, e theos, “deus”) é uma visão de mundo que identifica todas as coisas com Deus e Deus com todas as coisas. Todas as coisas são partes de Deus e, portanto, divinas. Não existe uma pessoa ou qualquer coisa que esteja separada ou distinta de Deus. Popularmente falando: “Deus é tudo, tudo é Deus”.
Quando unimos as definições de monismo e panteísmo, teremos a principal doutrina do Movimento da Nova Era (The New Age): o monismo-panteístico. Popularmente falando: “Tudo é Um, Um é Tudo, Tudo é Deus”.
O monismo-panteístico é o dogma principal do filme “Avatar”.
Então, a “salvação” dos Na’vis é um estado de consciência iluminado onde a pessoa descobre que é um com todas as coisas (monismo). Dando esse primeiro passo, a pessoa também descobre que ela é um com Deus e que pode participar desta vida divina sem a necessidade de um mediador entre Deus e ela. Pois, todas as coisas são divinas (panteísmo) e não há razão para aceitar a obra redentora de Jesus Cristo.
Já do ponto de vista cristão, existe uma total separação entre o Deus puro e Suas criaturas impuras. O pecado separou as pessoas de Deus e o acesso do indivíduo a essa reconciliação com o Deus Pai só acontece quando ele é lavado pelo sangue redentor de Jesus Cristo (o nosso Mediador).
“O homem igual a Deus” é a velha mentira do Jardim do Éden: “sereis iguais a Deus”, com a qual a Serpente seduziu Eva. Costumo dizer que o fruto que Eva comeu foi a maior cachaça que a humanidade já tomou. No Éden, o ser humano caiu neste conto e passou a viver espiritualmente tonto, desnorteado, tateando no escuro, até os dias de hoje. “Avatar” nos oferece esse mesmo pileque.
Conclusão – um “blockbuster” esotérico
“Avatar” é um incrível blockbuster para superar todos os outrosblockbusters. Vem batendo todos os recordes de arrecadação financeira e caminha a passos largos para ser o filme mais assistido de todos os tempos.
“Avatar” nos trouxe a má e caduca notícia da “divindade interior” e vem iludindo milhões de pessoas que lotam os cinemas por este mundo afora.
Sim, com certeza temos tratado muito mal o meio-ambiente e estamos pagando caro por isso. Mas, existe uma boa notícia que os humanos não contaram aos Na’vis, e esta é que tudo isso é conseqüência do nosso pecado e que Deus já pagou a nossa dívida na cruz ao enviar o Seu Filho Jesus Cristo para morrer por nós. Tudo que temos de fazer é reconhecer nossa podridão e deixar-nos lavar pelo sangue do Cordeiro de Deus.
“O homem sendo um com Deus”, que enganação! “Que perversidade a vossa! Como o oleiro fosse igual ao barro, e a obra dissesse do seu artífice: Ele não me fez; e a coisa feita dissesse do seu oleiro: Ele nada sabe” (Isaías 29.16).
Quem somos nós para questionarmos a Deus? “Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?! Porventura, pode o objeto perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim?” (Romanos 9.20).
A frase mais repetida na noite da entrega do Oscar foi “... and the winner is...” (“... e o vencedor é...”). Gostaria de repeti-la mais uma vez nesta minha fictícia entrega do “Oscar de melhor filme esotérico de 2009”: “E o vencedor é AVATAR!”. (Dr. Samuel Fernandes Magalhães Costa -http://www.chamada.com.br)
* No filme, a palavra Na’vi é usada tanto para o singular quanto para o plural. Para efeitos didáticos usarei Na’vi para o singular e Na’vis para o plural.
quinta-feira, 11 de março de 2010
Final Feliz
terça-feira, 9 de março de 2010
sexta-feira, 5 de março de 2010
Escola Bíblica Dominical
O que é a Escola Bíblica Dominical?
O termo "Escola Dominical" foi primeiramente usado pelo jornalista evangélico Robert Raikes, na Inglaterra, a partir de 1780, quando começou a oferecer instrução rudimentar para crianças pobres em seu único dia livre da semana: domingo, pela manhã e à tarde, pois a maioria mesmo tendo pouca idade já trabalhava durante a semana. A Escola Dominical nasceu para servir como o ensino público gratuito, orientado pelos princípios da educação-cristã, vindo posteriormente o governo britânico e de outros países a oferecer o sistema de educação pública e a se responsabilizar oficialmente por ele. O movimento iniciado por Raikes é considerado o precursor desse sistema.
Portanto, a Escola Dominical do nosso tempo náo é o mesmo do britânico inicial, mas o tipo de escola que surgiu na América do Norte muito tempo depois oferecendo um conteúdo curricular bíblico não mais objetivando prioritariamente a aprendizagem da leitura e da escrita de seus alunos e sim o conhecimento bíblico, a edificação espiritual, o discipulado e a integração e a evangelização. Por isso, a Escola Dominical é o momento especial da semana para que todos que pertencem a uma igreja local (crianças, adolescentes, jovens, adultos, incluindo os novos convertidos), primeiramente, se reúnam para estudar a Palavra de Deus de forma pedagógica e metódica, e também promovam a comunhão, o discipulado e a integração de novos crentes e a evangelização, cooperando para o cumprimento da Grande Comissão de Jesus registrada em Mateus 28.18-20.
HISTÓRIA DA ESCOLA DOMINICAL NO BRASIL
Os missionários escoceses Robert e Sara Kalley são considerados os fundadores da Escola Dominical no Brasil. Em 19 de agosto de 1855, na cidade imperial de Petrópolis, no Rio de Janeiro, eles dirigiram a primeira Escola Dominical em terras brasileiras. Sua audiência não era grande; apenas cinco crianças assistiram àquela aula. Mas foi suficiente para que seu trabalho florescesse e alcançasse os lugares mais retirados de nosso país. Essa mesma Escola Dominical deu origem à Igreja Congregacional no Brasil. Houve, sim, reuniões de Escola Dominical antes de 1855,no Rio de Janeiro, porém, em caráter interno e no idioma inglês, entre os membros da comunidade americana. Hoje, no local onde funcionou a primeira Escola Dominical do Brasil, acha-se instalado um colégio. Mas ainda é possível ver o memorial que registra este tão singular momento do ensino da Palavra de Deus em nossa terra.
HISTÓRIA DA ESCOLA DOMINICAL NO MUNDO
As origens da Escola Dominical remontam aos tempos bíblicos quando o Senhor ordenou ao seu povo Israel que ensinasse a Lei de geração a geração. Dessa forma a história do ensino bíblico descortina-se a partir dos dias de Moisés, passando pelos tempos dos reis, dos sacerdotes e dos profetas, de Esdras, do ministério terreno do Senhor Jesus e da Primitiva Igreja. Não fossem esses inícios tão longínquos, não teríamos hoje a Escola Dominical.
Porém, antes de sumariarmos a história da Escola Dominical em sua fase moderna, faz-se mister evocar os grandes vultos do Cristianismo que muito contribuíram para o ensino e divulgação da Palavra de Deus.
Como esquecer os chamados pais da Igreja e lhes seguiram o exemplo? Lembremo-nos de Orígenes, Clemente de Alexandria, Justino o Mártir, Gregório Nazianzeno, Agostinho e outros doutores igualmente ilustres. Todos eles magnos discipuladores. E o que dizer do Dr. Lutero? O grande reformador do século XVI, apesar de seus grandes e inadiáveis compromissos, Ainda encontrava tempo para ensinar as crianças. Haja vista o catecismo que lhes escreveu.
Foram esses piedosos de Cristo abrindo caminho até que a Escola Dominical adquirisse os atuais contornos.
A Escola Dominical do nosso tempo nasceu de visão de um homem que, compadecido com as crianças de sua cidade, quis dar-lhes um novo e promissor horizonte. Como ficar insensível ante a situação daqueles meninos e meninas que, sem rumo, perambulavam pelas ruas de Gloucester? Nesta Cidade, localizada no Sul da Inglaterra, a delinqüência infantil era um problema que parecia insolúvel.
Aqueles menores roubavam, viciavam-se e eram viciados; achavam-se sempre envolvidos nos piores delitos.
É nesse momento tão difícil que o jornalista episcopal Robert Raikes entra em ação. Tinha ele 44 anos quando saiu pelas ruas a convidar os pequenos transgressores a que se reunissem todos os domingos para aprender a Palavra de Deus. Juntamente com o ensino religioso, ministrava-lhes Raikes várias matérias seculares: matemática, história e a língua materna - o inglês.
Não demorou muito, e a escola de Raikes já era bem popular. Entretanto, a oposição não tardou a chegar. Muitos eram os que o acusavam de estar quebrantando domingo. Onde já se viu comprometer o dia do Senhor com esses moleques? Será que o Sr. Raikes não sabe que o domingo existe para ser consagrado a Deus?
Robert Raikes sabia-o muito bem. Ele também sabia que Deus é adorado através de nosso trabalho amoroso incondicional.
Embora haja começado a trabalhar em 1780, foi somente em 1783, após três anos de oração, observações e experimentos, que Robert Raikes resolveu divulgar os resultados de sua obra pioneira.
No dia três de novembro de 1783, Raikes publica, em seu jornal, o que Deus operara e continuava a operar na vida daqueles meninos Gloucester. Eis porque a data foi escolhida como o dia da fundação da Escola Dominical.
Mui apropriadamente, escreve o pastor Antonio Gilberto: “Mal sabia Raikes que estava lançando os fundamentos de uma obra espiritual que atravessaria os séculos e abarcaria o globo, chegando até nós, a ponto de ter hoje dezenas de milhões de alunos e professores, sendo a maior e mais poderosa agência de ensino da Palavra de Deus de que a Igreja dispõe”.
Tornou-se a Escola Dominical tão importante, que já não podemos conceber uma igreja sem ela. Haja vista que, no dia universalmente consagrado à adoração cristã, nossa primeira atividade é justamente ir a esse prestimoso educandário da Palavra de Deus. É aqui onde aprendemos os rudimentos da fé e o valor de uma vida inteiramente consagrada ao serviço do Mestre.
A. S. London afirmou, certa vez, mui acertadamente: “Extinga a Escola Bíblica Dominical, e dentro de 15 anos a sua igreja terá apenas a metade dos seus membros”. Quem haverá de negar a gravidade de London? As igrejas que ousaram prescindir da Escola Dominical jazem exangues e prestes a morrer.
Agora Escola Bíblica Para Surdos na Igreja Batista do Bosque, em Rio Branco, vai ser fundada no dia 07 de março. Creio que os surdos vão esclarecer a Bíblia em nome de Jesus Cristo!
Foi publicado no site da escola bíblica dominical: www.escoladominical.org.br